Monday, January 30, 2006

Não acredito em velhas Estórias! Que não me venham contá-las por favor!

Aprendi há muitos anos que história era (h)istória e que História era (H)istória.
Vi escrito "estória" pela primeira vez num artigo de opinião de um jornal nacional. De inicio julguei tratar-se de um erro ortográfico do autor, pela fonética da palavra, (ex: ministro- (menistro)), porém voltei a vê-la escrita, e cada vez mais frequentemente. A palavra ganhou uso. O que não deixa de ser legitimo, uma vez que a lingua não está morta e deve continuar a evoluir.
Porém passo a problematizar a História como verdade histórica.
Muito sucintamente, podemos imaginar uma guerra descrita por um narrador, que terá presenciado essa guerra. Era neutro? Nunca o poderá ter sido... Como neutro? Neutralidade existe? Então a validade? Acabamos por entrar no campo da "estória" então. E passa a não haver diferença alguma.
Seria então realmente necessário inventar uma nova palavra? Se me convencerem que futebol foi inventado em Portugal, poderá ser que acredite que nunca antes de ver a palavra pude realmente distinguir as duas coisas...

E depois vêm cromos, sim, porque a lingua está viva, que dizem coisas como isto em comentários de blog(ue)s sobre o assunto:

Estória é estória!
História é História!
Por que preferir um vocabulario polissémico?
Apenas por nao "haver necessidade" de ter?
Nao é por necessidade que se criam as coisas apenas, mas tambem por utilidade :)
A DIFERENÇA É MUITO ÚTIL!
Afixado por: Forrest Grump em maio 20, 2004 03:08 AM
(in: http://socioblogue.weblog.com.pt/arquivo/013180.php )


Pergunto a esse man:
Por quê inventar um vocábulo monossémico?
Apenas pela necessidade de ter mais um?

Se não, podemos inventar mais um aqui e agora mesmo:
- "ministro" para os gajos que trabalham, e "menistro" contam muitas histórias da carochinha ao povo!
Era-me mais útil ter os primeiros em vez dos segundos, assim para haver distinção real entre eles, que se crie mais uma palavra para acrescentar à burocracia portuguesa.
Tudo isso dito em português, ou será que não? E em Lisboa escrito de forma diferente da do Porto, ou nem por isso?

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